IFÁ ORUNMILLA OTURA NIKO

domingo, 15 de janeiro de 2012

OGBEIWORI

                                                             BABALAWO DOUGLAS OTURA NIKO
                                                                                          I I I
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                                                            OGBEIWORI
                                                  REZA DE OGBEIWORI.

Ogbeiworí maferefun Obatalá Aleiyó Umbó, inedi ire Umbó Omofá obe bodê kino ideele adifá joko axeguidá Orunmilá Dadá axe, kue ki eiyelé, ekodidé, ekú, ejá, epô, agbado, opolopo owo.

Este é um Odu de provas, guerras, trabalho, desobediência, necessidades, enganos, inconformidade, traições, inimigos ocultos, etc.

Quando surge o Awo deve voltar sua cabeça para a direita e depois para a esquerda. Para a direita porque dali vem a morte e para a esquerda porque dali vem alguma coisa boa.

Quando surge na consulta de uma virgem, indica que ela precisa receber Akofá

É preciso que tenha muito cuidado com um homem que vai enganá-la e que depois não irá assumir compromisso, deixando-a em total desespero.

Avisa que é necessário ficar atento para uma situação pela qual se está passando e que trará muito aborrecimento e vergonha.

O homem não pode com a mulher, não atende às suas necessidades em nenhum aspecto.

A soberba deve ser dominada para que não leve à perdição.

Existe alguém tentando um envolvimento sentimental. Evite deixar-se levar, pois, por trás disso, existe apenas uma intenção de vingança.

Não use, nunca, roupas negras. Não zombe de pessoas velhas. Não lance pragas ou maldições.

É preciso ter mais calma e paciência e não se desesperar tanto diante das adversidades.
39 o mais rápido possível, para que não dê desgostos a seus pais.
39 - Iniciação dada às mulheres no culto de Orunmilá



É necessário que se tenha cuidado com os sistemas de freios de qualquer tipo de máquina para não sofrer um acidente.

A pessoa está presa a uma determinada situação incômoda de que gostaria de se livrar, mas não está sozinha nesta questão.

Disse Ifá: "Mais que eu não há quem veja!"

Neste Odu nasceu o poder da bruxaria sobre a existência humana.

Nasceu o juramento e a ligação de Osain com o ferro em terras Mandinga.

Nasceram as "firmas" dos colares de Orixá e, por isso, deve-se usar um colar de Obatalá confeccionado só
com firmas.

Se a mãe do Awo for viva, sempre que este fizer ebó, tem que fazer também para ela. Se for morta, deve oferecer duas galinhas ao Egun.

A pessoa não tem sossego na vida e deve saber o que Xangô deseja para ajudá-la.

Aqui nasceu a planta "abre-caminho"

Foi por este Odu, que Oxun roubou o oponifá, o okpele, o iyerosun e o erukeré

Quando surgir em ire

Um afilhado que tenha este Odu poderá roubar-lhe um assentamento ou o okutá

Quando for fazer borí com ejá-oro para um cliente, deve pedir dois, oferecendo primeiro um à sua própria
cabeça, para livrar-se de qualquer perigo.

Aqui foram capturados os touros bravios.

O Awo que tenha este Odu deve banhar-se com lírio branco e perfume às doze horas do dia.
Não aceite trocar chapéus ou bonés com ninguém, pois é por aí que podem lhe fazer um feitiço. 40 de Orunmilá. Deve-se colocar um tabuleirinho, um okpele e um potinho com iyerosun, cobertos com um pano amarelo, junto ao igbá-Oxun. 41 deve-se agradar Iyá Tobí. 42 de um Orixá.

40 - Espécie de chicote feito com pelos da crina ou da cauda do cavalo, símbolo de poder.

41 - Benção, acontecimento benéfico, positivo.

42 - Pedra. A pedra consagrada a um Orixá.

ITAN DE OGBEIWORI.

Quando Orunmilá se queixava por não possuir uma mulher, surgiu-lhe Ogbeiworí que lhe disse: "Faz ebó com duas galinhas pretas e uma cesta de mandioca e terás uma mulher como companheira durante todo o decorrer deste ano."
Feito o ebó, Orunmilá recebeu a orientação de plantar uma roça de mandioca, o que tratou logo de fazer.
Quando a mandioca estava no ponto de ser colhida, Orunmilá notou que alguém estava roubando sua produção e, para pegar o ladrão, pôs-se de guarda.
Um dia, durante a vigia, viu quando duas jovens entraram em sua plantação e começaram a colher algumas raízes. Surpreendidas em flagrante, as moças começaram a chorar e, pedindo perdão, diziam que não eram ladras, mas que foram levadas a cometer o delito por não terem o que comer.
Condoído, Orunmilá lhes disse: "Tudo bem, vou perdoá-las, mas com a condição de que não voltem a roubar, pois estas mandiocas foram plantadas por ordem de Ifá, para que eu possa conseguir uma mulher como companheira."
"Se é verdade que você nos perdoa" - disseram as jovens - "preferimos unir-nos a você em vez de sermos consideradas como larápias. Então, Orunmilá tomou-as como esposas.
Existem duas amigas que têm que receber Akofá para que não tragam desgraças nem vergonha a seus pais.

TRABALHOS DIVERSOS INDICADOS EM OGBEIWORI.

1 - PARA TIRAR NEGATIVIDADE:

Pega-se um cabaça grande, abre-se pelo meio no sentido horizontal, marca-se Obgbeiwori no interior e coloca-se dentro, um papel, onde se escreveu todas as dificuldades porque se está passando. Coloca-se, por cima do papel, uma tigelinha de barro com um ekó
43 e se arria aos pés de Elegbara. Depois de um tempo coloca-se um pouco de iyerosun por cima, fecha-se a cabaça e despacha-se no cemitério. Deve-se usar roupa branca na hora de despachar o trabalho.
43- Espécie de comida ritualística.

2 - PARA SAIR DE DIFICULDADES FINANCEIRAS.

Sacrifica-se quatro eiyelé dentro de uma tigela e se coloca sobre elas oti-funfun.
Separa-se as cabeças de dois pombos numa tigela e se coloca em Elegbara. As outras duas, noutra tigela, coloca-se em Orunmilá, pedindo o que se deseja obter.

3 - PARA QUALQUER TIPO DE IRE.

Dá-se, ao Ori, um eiyelé funfun e uma adié-funfun
O eiyelé é para a sorte que fica na frente e a adié é para a morte que fica para trás. Faz-se sarayeye com os bichos antes de sacrificá-los sobre o Ori do cliente e, depois do sacrifício, dá-se borí na pessoa.
44.
4 - PARA PESSOA CURIOSA E ABELHUDA.

(Não é para tirar estes defeitos da pessoa, pois sua ascensão na vida depende deles).
Um frango, um saco, um alfanje, uma cabacinha cheia de lodo do fundo de um lago. Passa-se na pessoa, sacrifica-se a Elegbara, enfia-se no saco e despacha-se no local determinado pelo jogo. (Aqui Elegbara derrota os macumbeiros).

5 - DEFESA CONTRA TRABALHOS DE FEITIÇARIA.
(
Este trabalho só pode ser feito para o próprio. Quem o fizer para outra pessoa será punido com a morte). (Deve ser feito no alto de um morro).
Três folhas, milho vermelho; milho torrado; olelé; ekurú; ekó
45; pó de peixe; pó de preá; dendê; diversos tipos de cereais; sete velas; doze bolas de inhame com um ataré dentro de cada; uma galinha branca; um pombo branco; um coquén branco46; quatro bolas de tabatinga retirada de um rio.
44- pombo branco e galinha branca.

45 - Olelé, ekurú e ekó, são três diferentes tipos de comidas usadas em ebós.

46 - Galinha d’angola.

Risca-se no chão um círculo de efun com oito quadrantes e os seguintes Odu-Ifá inscritos em cada quadrante: (ver relação adiante).

Sobre os quatro pontos cardeais do círculo colocam-se as quatro bolas de tabatinga (este, norte, oeste e sul).

Faz-se a seguinte reza:

Orun epa porun Baba wá lo loni Baba li anwá karibó mode lo Oiyá ko si Ikú lo Oiyá mode itá; ko si ni itá i ile; ko si arun ni ile Okunin ariri imeo odiguwere; edi eri eri nake.
Em seguida dão-se voltas com as folhas de bananeira, completamente cobertas de efun.
Sacrifica-se um pombo branco e um pombo preto sem deixar cair sangue nas bolas de tabatinga. Arriam-se tudo ao lado.
Fica-se de frente para as folhas de bananeira, passam-se cada um dos ingredientes no corpo e vai-se arriando sobre elas.
Pega-se os bichos, passa-se no corpo e sacrifica-se a galinha à folha da direita, o pombo à do meio e a etú à da esquerda.
Pega-se a bola de tabatinga que está na parte norte do círculo e coloca-se no folha do meio; a bola do sul é colocada no folha da esquerda e, a do oeste, no folha da direita. A bola que sobrar (a do Este), é colocada na porta da pessoa contra quem se está lutando no feitiço.
 
SEGURANÇA DESTE ODU.

O ventre e a cabeça de uma formiga bem grande; a placenta de uma criança do sexo masculino; terra recolhido dos lados leste e oeste de um formigueiro; cuaba-branca; três atarés; obí; poeira recolhida de um remoinho provocado pelo vento; raiz de espora-de-cavaleiro; raspa de chifre de boi.
Coloca-se tudo dentro de uma panela de barro, cobre-se com tabatinga, enfeita-se com contas de diversas cores. Sacrifica-se, em cima, uma codorna e um etú e sopra-se vinho seco. (Come etú e aparo
47).
-
47 - Codorna.

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